resumo da decada de 30
A década de 30 marcou a transição entre dois modelos de Estado no Brasil.
Antes de 1930, o Brasil se caracterizava por uma estrutura econômica baseada na agricultura, sendo que o poder político se concentrava nas oligarquias rurais, notadamente de São Paulo e Minas Gerais. Uma série de acontecimentos (principalmente a quebra dos produtores de café devido ao crash da bolsa de Nova Iorque de 1929, que reduziu drasticamente o mercado consumidor do café brasileiro), que culminaram com a revolução de 1930 e a subida de Getúlio Vargas ao poder, marcando o fim do antigo modelo e o início de um novo, com participação mais ativa do Estado na economia, que pode ser denominado como nacional-desenvolvimentista.
A partir daí, o Estado brasileiro foi levado a desempenhar funções cada vez mais complexas no conjunto da economia. Essa participação se deu tanto de forma direta quanto de forma indireta, desde a formulação de regras de desenvolvimento até a criação e manutenção de empresas estatais.
Esse era o cenário nacional quando foram efetivadas as primeiras tentativas de planejamento no Brasil, decorrência natural da nova concepção do Estado como fomentador do desenvolvimento nacional.
Durante quase toda a década de 1930 o Brasil se viu as voltas com os problemas causados pela Grande Depressão que atingiram violentamente a valorização do café e demais preços agrícolas. Num clima internacional crescentemente belicoso e de insegurança nas relações internacionais, começou a pensar-se com mais insistência na possibilidade do Brasil iniciar um processo de industrialização que o fizesse ficar menos fragilizado pela desordem mundial (ascensão do nazismo na Alemanha em 1933, invasão da Etiópia pelos fascistas italianos em 1936, derrubada da republica espanhola em 1936, ataque japonês a China em 1937). A ideia era a autonomia nacional a ser alcançada em setores considerados estratégicos (aço, minas e energia e, finalmente, petróleo).
Foi nesse momento, quando o