Resumo Capitulo III Livro Manual de Sociologia
O positivismo Sociológico
O positivismo adotou parâmetros teóricos que pressupunham que os códigos reguladores dos âmbitos físico e social diferiam quanto a seu caráter: os primeiros seriam relativos a acontecimento do mundo dos fenômenos exteriores aos homens; os segundos, aos fatos pertinentes à problemática das questões humanas ligadas à inteiração e à convivência social. A evolução dos métodos de pesquisas das ciências naturais – Físicas, Química e Biologia, atraíram os cientistas sociais positivistas para a investigação dessas ciências, conforme um modelo físico ou mecânico de organização, devido à adoção desse paradigma, o positivismo foi denominado ainda de organicismo.
A visão darwinista sobre a evolução das espécies estabelece o seguinte: todos os seres vivos se transformam ininterruptamente, tendo por propósito seu aprimoramento da necessidade de garantia da sobrevivência. A sociologia positivista foi configurada pela tentativa de seus formuladores em constituir seu objeto de pesquisa, procurando chegar à mesma objetividade e ao mesmo êxito. O positivismo foi o pensamento social da sociedade europeia do século XIX, em franca expansão econômica, na busca da resolução dos conflitos sociais por meio da exatidão à coesão, a harmonia natural entre os indivíduos e ao bem-estar do todo social.
Para Émile Durkheim, a sociologia deveria ser um instrumento cientifico da busca de solução para os desvios da vida social, a sociedade, como qualquer outro organismo vivo, passaria por ciclos vitais com manifestações de estados saudáveis e mórbidos. O estado saudável seria o de convivência harmônica da sociedade consigo mesma e com as demais sociedades, harmonia essa a ser obtida pelo exercício imperativo do consenso social. O estado mórbido era caracterizado por fatos que colocassem em risco essa harmonia. Para ele, o comportamento do cientista social deveria ser de distanciamento e sua posição, de neutralidade frente aos fatos sociais.