Resumo Boaventura
Democratizar a democracia: os caminhos da democracia participativa.
O autor inicia o texto apresentando os debates sobre a democracia, apresentando pensamentos de autores como: Moore, Amartya Sen. Przeworski ou Lipser, Joseph Schumpeter.
Moore e Amartya tinham pensamentos divergentes sobre a democracia. Enquanto o primeiro acreditava que características estruturais da densidade democrática da segunda metade do século como o papel do Estado sobre as relações do processo de modernização com as classes agrárias e a relação dos setores , a relação entre os setores agrários e os setores urbanos e o nível da ruptura provado pelo campesinato ao longo do processo de modernização. Seu objetivo era explicar porque a maioria dos países não era democrática nem poderia vir a ser pela mudança de condições que nele prevaleciam.
Amartya celebra a perda da credibilidade da idéia de condições estruturais quando afirma a questão não é a de saber se um dado país está preparado para a democracia mas antes de partir da idéia de que qualquer país se prepara através da democracia. Já Przeworski ou Lipser, analisavam os efeitos distributivos irreversíveis da democracia, a partir do desmonte do Estado de bem-estar social e com os cortes das políticas sociais a partir da década 80, reabrindo a discussão sobre o significado estrutural da democracia em particular assim chamado países em desenvolvimento ou países do Sul. E observou que o problema da forma da democracia e da sua variação está derivado com os problemas enfrentados na construção na Europa no período entre guerras, chegando na concepção hegemônica da democracia. Os elementos dessas concepções seriam a tão apontada contradição entre mobilização e institucionalização e a valorização positiva da apatia política, idéia salientada por Shumpeter para quem o cidadão comum não tinha capacidade ou interesse político para escolher os líderes aos quais caberia tomar