Resumo artigo dieta enteral

A Terapia Nutricional Enteral (TNE) é amplamente utilizada em pacientes hospitalizados, sendo um grande desafio para os profissionais da área da saúde, pois sua prescrição incorreta pode afetar negativamente na saúde do paciente, bem como sua recuperação aumentando o tempo de permanência do hospital, e deixando esse paciente suscetível à desnutrição pela hipoalimentação ou até podendo ocorrer casos de hiperalimentação. Foi realizado estudo com 62 pacientes em uso de TNE em dois hospitais localizados na micro-região de Maringá-PR, sendo 35 do Hospital 1 (H1) e 27 do Hospital 2 (H2). Os critérios de inclusão foram idade igual ou maior que 18 anos, atendidos pelo SUS e em uso de nutrição enteral total. Na análise da adequação energética, foram avaliados dois aspectos, a energia prescrita e energia ingerida. Os parâmetros utilizados para verificar a adequação energética foram a equação proposta por Harris-Benedict e fatores de lesão e atividade por Long et al., e também kcal/kg/dia recomendados pela ESPEN. Para avaliar o perfil nutricional dos pacientes, foi utilizado o IMC, Prega Cutânea Triciptal (PCT) e Área Muscular do Braço (AMB). Para os pacientes de até 65 anos foram utilizados os pontes de corte propostos pro Frisancho e para pacientes acima de 65 anos foram adotados os parâmetros de Chumlea et al. A principal causa de internação dos pacientes em ambos os hospitais foram com diagnósticos de AVC. Com relação ao tipo de terapia nutricional no momento da alta hospitalar, a prevalência de pacientes que continuaram com nutrição enteral foi de 31,43% no H1 e 25,92% no H2. Não houve diferença significativa entre os hospitais para as medidas de peso, estatura, IMC, PCT e AMB. Índices de desnutrição ocorreram em ambos hospitais sendo 34,28% no H1 e 44,44% no H2. Com relação as prescrições dietéticas, levando em consideração as equações de Harris-Benedict, todas as prescrições de ambos os hospitais estavam inadequadas, sendo consideradas abaixo do recomendado 80%