Resumo APS

O termo Farmacognosia foi primeiramente empregado entre 1811 e 1815, significa o conhecimento (gnose) dos fármacos ou venenos (pharmacon). Atualmente, é considerado como estudo de matérias-primas e substancias de origem biológica, ou seja, abstidas a partir de vegetais, animais ou por fermentação a partir de microrganismos, com finalidade terapêutica.
A Farmacognosia foi, e é, uma disciplina fundamental para o desenvolvimento de fármacos, sendo obrigatória nos currículos dos cursos de Farmácia do País. Os programas, em geral, focalizam os aspectos de identificação botânica, análise fitoquímica, controle de qualidade e ação farmacológica de drogas vegetais e substâncias ativas já clássicas. Porém, nos últimos anos, novos paradigmas, como necessidades de saúde pública mundial, do mercado farmacêutico, de novas tecnologias e modificações no modo de pensar os recursos naturais por parte das sociedades, vem suscitando a necessidade de transformações no ensino de Farmacognosia. Foram incorporados aos tópicos, questões relativas a biodiversidade, proteção propriedade intelectual, estudos de biossíntese, agronômicos e biotecnológico. Além disso, estudos farmacológicos, pré-clínicos e clínicos, tem gerado um grande número de dados sobre a eficácia e segurança de plantas de emprego tradicional, conduzindo a uma revisão de seu uso.
Os fitoterápicos são produtos de venda livre e, desta forma, estão diretamente ligados à automedicação e à orientação farmacêutica. No entanto, de uma forma geral, observa-se que o profissional farmacêutico não está, ainda, suficientemente preparado para a orientação farmacêutica direcionada ao uso racional de fitoterápicos. A principal fonte de informação utilizada pelos profissionais na farmácia são literatura promocional, como folhetos e compêndios de laboratórios fabricantes.
A utilização de produtos naturais como recurso terapêutico é tão antiga quanto a civilização humana e, por muito tempo, produtos minerais, vegetais e animais