Resumo Antropologia
Ao fazermos um contraponto entre as idéias que embasam o paradigma biomédico e a contribuição da Antropologia, temos que a construção do arcabouço epistemológico e metodológico que embasa a prática dos profissionais da área da saúde historicamente vem sendo demarcado pelos estudos epidemiológicos das doenças como forma de intervir no risco e causalidade das mesmas.
Menéndez (1998) destaca que as duas perspectivas consideram a multicausalidade da maioria dos problemas de saúde, bem como a existência de um desenvolvimento ou evolução no processo de saúde/enfermidade/atenção. No caso da Epidemiologia, vincular-se-ia à História Natural da Enfermidade e no caso da Antropologia, à História Social das Enfermidades. Outro ponto de convergência seria o reconhecimento de que as condições de vida relacionam-se com a causalidade, desenvolvimento, controle e/ou solução dos problemas de saúde. Também é proposto pelas duas disciplinas uma concepção preventista da doença.
Historicamente, a expressão saúde mental nos remete ao dualismo mente/corpo quando, geralmente, são separados os profissionais da saúde e os profissionais da saúde mental, enquanto os primeiros “curam” as doenças orgânicas os segundos “curam” as doenças da psiqué. Este pensamento perdurou durante séculos e trouxe como conseqüência a exclusão daqueles tidos como “loucos” e a adoção de práticas pautadas num modelo biomédico, hospitalocêntrico e institucionalizante de “tratamento”, sendo