RESTINGAS
Restingas são ecossistemas costeiros desenvolvidos sob depósitos litorâneos que formam extensas planícies arenosas quaternárias, cuja origem pode ser atribuída a correntes de deriva litorânea, disponibilidade de sedimentos arenosos, flutuação do nível do mar e feições costeiras que propiciem a retenção de sedimentos. O termo restinga é usado para definir ecossistemas costeiros fisicamente determinados pelas condições do solo e pela influência marinha e fluvial (Figura 1 – a).
Fitogeograficamente, este termo é utilizado para denominar as matas das regiões mais secas, que crescem em terrenos planos e arenosos (Figura 1 – b), onde predominam formações sob as influências acima descritas, bem como a presença de vegetações halófita, limnófila, psamófila e litófila (Waechter, 1990; Araújo, 1992; Sousa, 2004). Figura 1 – a) Aspecto geral de um ecossistema de restinga b) Detalhe da vegetação de restinga
CONCEITO DE RESTINGA
Restinga pode ser definida como um terreno arenoso e salino, próximo ao mar e coberto de plantas herbáceas características.
Segundo a Resolução CONAMA N°07 de 23 de julho de 1996, “entende-se por vegetação de restinga o conjunto das comunidades vegetais, fisionomicamente distintas, sob influência marinha e fluvio-marinha. Estas comunidades, distribuídas em mosaico, ocorrem em áreas de grande diversidade ecológica sendo consideradas comunidades edáficas por dependerem mais da natureza do solo que do clima”.
No conceito botânico, restinga corresponde à vegetação que ocorre adjacente ao oceano nas planícies costeiras arenosas quaternárias (Araujo & Henriques, 1984)., sendo que as espécies que ali vivem (fauna e flora) possuem mecanismos para suportar os fatores físicos dominantes como: a salinidade, extremos de temperatura, forte presença de ventos, escassez de água, solo instável, insolação forte e direta, entre outros.
As restingas brasileiras caracterizam-se como um