Restingas
Conceito
O termo "restinga" é usado vulgarmente para designar um conjunto de dunas e areais costeiros, revestidos de vegetação baixa.
A Geologia usa o termo para designar formações sedimentares arenosas costeiras, de origem recente (alguns milhares de anos) e com variados aspectos: planícies, esporões, barras, etc.
A Biologia tem empregado o termo para expressar um tipo de comunidade vegetal litorânea determinada por condições edáficas (de solo), arenosas, e pela influência marínha.
Ecológicamente, as restingas são ecossistemas costeiros, físicamente determinados pelas condições edáficas (solo arenoso) e pela influência marinha, possuindo origem sedimentar recente (início no período Quaternário), sendo que as espécies que aí vivem (flora e fauna) possuem mecanismos para suportar os fatores físicos dominantes como: a salinidade, extremos de temperatura, forte presença de ventos, escassez de água, solo instável, insolação forte e direta, etc.
As restingas estão distribuídas ao longo do litoral brasileiro (linha amarela) e por várias partes do mundo.
Essa distribuição norte-sul cria ao longo do litoral variações climáticas, o que confere uma grande diversidade ambiental e biológica para as restingas brasileiras.
Formação
As restingas começaram a surgir há milhares de anos, com o recuo do mar, e ainda hoje estão sob um dinâmico processo de montagem-desmontagem
Na formação das restingas entram quatro fatores básicos:
1. Oferta de sedimentos - areias; o tipo de sedimentos varia com as fontes, que em geral são as rochas costeiras, ou o material existente no fundo oceânico, ou trazido do interior do continente pelos rios.
2. Correntes de deriva - são as correntes paralelas à costa, formadas pelas ondas que chegam oblíquamente. Essas correntes transportam os sedimentos.
3. Obstáculos retentores - ilhas, recifes, pontais, etc, que barram o fluxo de sedimentos, formando bancos de formas diversas; obstáculo retentor também pode ser a força de saída da