Resistência dos materiais
Considere um trecho de viga sujeita à flexão pura.
Depois da deformação, os planos de duas seções transversais adjacentes, mn e pq, encontram-se no ponto
O, que é o centro de curvatura do eixo longitudinal da viga. O ângulo desses planos é indicado por d e o raio de curvatura, por
Como a curvatura e o módulo de elasticidade E são constantes, vem
y dA 0
(6-6)
O momento da força elementar xdA, em relação ao eixo neutro, é xydA. A integral de todos esses momentos elementares sobre a área da seção transversal deve ser igual ao momento fletor M; assim:
M x y dA E y 2 dA EI
(5-7)
onde:
I y 2 dA
(6-8)
é o momento de inércia da área da seção transversal, em relação ao eixo z, que é o eixo neutro
1M
EI
(6-9)
Combinando as equações 6-5 e 6-9, obtém-se a equação que dá as tensões normais da viga:
Da geometria da figura, vem
1 d
dx
x
(6-1)
onde é a curvatura, igual ao inverso do raio de curvatura, e dx, o comprimento do elemento entre as duas seções transversais, mn e pq.
x
y
y
(6-2)
Esta equação mostra que as deformações longitudinais,
x, são diretamente proporcionais à curvatura e à distância y da superfície neutra.
Quando a viga é de material elástico, com diagrama tensão-deformação linear (material que segue a Lei de
Hooke), tem-se =E e, portanto, as tensões normais na viga são:
(6-5)
x Ey
M y I
(6-10)
Nesta equação, M é positivo quando produz compressão no viga e y é positivo quando o sentido é para baixo.
Designa os afastamentos das fibras extremas por c1 e c2, para tração e compressão, respectivamente, e supondo M positivo, a equação 6-10 permite escrever:
x max
x min
Mc1 M
;
I
Z1
Mc2
M
I
Z2
(6-11a)
(6-11b)
onde Z1 e Z2 são módulos de resistência, ou módulos da seção, ou módulos de resistência à flexão da área da seção transversal. Se a seção for simétrica em relação ao eixo Z, c1=c2=c
x max
x min
Mc M
I
Z
(6-12)