Julia margaret cameron
Julia Margaret Cameron
Julia Margaret Cameron, uma britânica nascida a 11 de junho de 1815, foi reconhecida pelos seus trabalhos românticos, em tons de sépia ao estilo vitoriano, bem diferente dos clássicos artistas da época. Considerada por outros como a mais formidável de seis filhas era uma mulher de grande talento, inteligência e espírito livre que enfrentou a fotografia como uma aventura pessoal. Cameron começou a sua carreira fotográfica relativamente tarde, quando por volta dos quarenta anos recebeu de sua filha uma câmara como presente, criando um hobbie que rapidamente se transformou numa paixão e obsessão até aos seus últimos dias. (1)
Julia Margaret Cameron marcou-se na história da fotografia devido, de certa maneira, a falhas técnicas. Por não fotografar para ganhar a vida, a sua arte considerada experimental e não convencional, as suas obras eram sinónimo de imagens de vida. Outros tentaram propositadamente ter imagens fora de foco, ou pitorescas, mas foram apenas desagradáveis, Cameron possuía de uma profunda capacidade de visualizar e iluminar as personalidades dos objectos escolhidos, recorrendo a grandes placas fotográficas, fundos escuros e suave iluminação. Apesar de ter o seu trabalho centrado em redor de mulheres, amigas e empregadas domesticas que converteu em heroínas bíblicas, querubins renascentistas e donzelas asturianas (um grande embaraço para os críticos pois foi um período em que a fotografia era pouco adequada á ficção)(2) as suas obras mais conhecidas e elogiadas são retratos de homens heróis da Inglaterra Vitoriana, homens que se sentarem e sofreram atenções intransigentes, sob uma claraboia quente (galinheiro convertido em estúdio de Cameron) até que ela tivesse chegado até eles, também retratou homens eminentes como os poetas Alfred Lord Tennyson e Robert Browning, o pintor George Frederic Watts, e o cientista Charles Darwin,