FOTOGRAFOS,VIDA E TECNICA
1° Biografia
Julia Margaret Cameron
Nasceu em Calcutá – Índia em 1815 e foi uma das propulsoras da fotografia de retrato. Sua história é excêntrica desde o começo. Quebrando o clichê das famílias antigas – visto na maioria das histórias de fotógrafos -, onde os pais presenteavam os filhos com equipamentos fotográficos, foi sua filha, Júlia, quem a presenteou com a primeira câmera, tentando acalmar a solidão surgida por uma das viagens do marido. Em menos de um ano, seus retratos já eram reconhecidos pela qualidade e linguagem fotográfica exibidas, sendo solicitados por nomes como Charles Darwin.
Em Annals of My Glass House, uma autobiografia escrita em 1874, Cameron relata sua visão sobre a fotografia, a qual deveria ser um meio de transformação e de grande força de expressão. O nome do livro deve-se ao fato de ela ter convertido seu galinheiro em estúdio e o abrigo do carvão num laboratório fotográfico.
Cameron fotografava só por satisfações próprias, pois não tinha problema financeiro; por isso, sua dedicação foi fruto de paixão, não de obrigação. Inicialmente, seus retratados eram pessoas da família, criados e amigos. Sua Arte resultou, também, da admiração de pintores românticos. Na fotografia, J.M. Cameron realizava as mesmas características das pinturas que as inspiravam. O individualismo, a expressão dramática e o subjetivismo são as marcas principais de seu portfólio.
Católica fervorosa, dedica-se inicialmente às cenas religiosas e renascentistas (1864-1865), a partir de 1866 aos retratos, e, nos anos de 1870, passa a se interessar por cenas de gênero(mitos, lendas inglesas e personagens da literatura popular).
Seu trabalho foi a maneira que encontrou de protestar contra a Reforma Religiosa. Ao observar suas imagens, principalmente as femininas, encontram-se traços de figuras divinas: suas modelos são quase sempre retratadas com o rosto virado, com a cabeça coberta de panos; algumas, até com asas.
Após meses de