Resgate de Fauna
1- O comportamento territorial das espécies, ou territorialidade, é bastante importante para a regulação de uma população e também é um fator extremamente ligado ao sucesso (ou insucesso) reprodutivo dos componentes da mesma. Esse conceito consiste em uma população em determinado habitat, onde os indivíduos que compõe essa população estabelecem fronteiras no território que são defendidas de invasores. A manutenção desse espaço confere vantagens ao seu detentor, como maior disponibilidade, melhor qualidade de recursos, ou ainda maior quantidade de parceiros para reproduzir. Esse conceito influencia no tamanho das populações, pois indivíduos detentores dos melhores territórios tem maior aptidão deixando assim mais descendentes para a próxima geração.
2- O autor diz que o resgate de fauna não passa de um meio de amenizar os impactos ecológicos causados pela construção de usinas hidrelétricas perante a população; explicando que, quando há a realização do resgate de fauna e a liberação desses indivíduos resgatados em áreas próximas a qual estes estavam, a maioria desses indivíduos tendem a morrer, e os que não morrem vão disputar recursos, territórios e parceiros sexuais com indivíduos que já estavam presentes ali, desestabilizando a vizinhança através de um aumento da competição e um maior número de mortes pelas lutas por território, diminuindo assim a aptidão de toda a população. Também existe o fato de que ambientes “desabitados” não apresentam os recursos necessários para manter a população e por isso não era habitado. Um bom exemplo de resgate de fauna mal feito foi o realizado na construção da usina hidrelétrica de Santo Antonio que foi construída no rio Madeira e provocou a morte de muitos indivíduos não resgatados imediatamente e, após um tempo, a morte daqueles resgatados por falta de recursos ou competição com grupos nativos. Pode-se ver, portanto, que há desvantagens tanto para os indivíduos que estão sendo introduzidos naquele local,