resenhas psicologia escolar

I- Impasses vividos pela professora na inclusão escolar. BASTOS, Marise Bartolozzi.
O texto trata de reflexões e experiências, relacionadas à inclusão escolar, compartilhadas com os profissionais do Grupo Ponte, que funciona na Pré-escola terapêutica Lugar de Vida. Instituição para tratamento de crianças portadoras de DGD (Distúrbios Globais do Desenvolvimento).
O texto discute uma particular relação que vemos se instalar entre a professora da escola regular e a criança portadora de DGD, que pela primeira vez vai à escola.
A princípio, a professora prefere não ter essa criança em sua classe, mas, a partir do momento em que ela a toma como aluna, vê se reproduzir uma relação de alienação muito semelhante à dessa criança com sua mãe.
Se isso é absolutamente necessário, num primeiro momento, para garantir a permanência da criança na escola, é também necessário que se desfaça para que a escola possa funcionar como dispositivo terapêutico para essa criança.
A inclusão escolar de crianças psicóticas e autistas não pode ser feita a qualquer preço. É preciso que essas crianças tenham ferramentas necessárias para usufruírem desse convívio escolar. Caberá a escola indagar, se é possível tomar a criança não somente pela ótica de suas capacidades cognitivas, mas na posição de sujeito do desejo.
O trabalho com essa criança exigirá do professor uma posição diferente, que leve em consideração, uma criança que não está em posição de curiosidade, pois as crianças psicóticas não são atravessadas pela curiosidade. Freud afirma que é a curiosidade que impulsiona a criança na busca do conhecimento. Diante disso surge o desafio: Como ensinar a quem não tem curiosidade, a quem não demanda saber da professora?
A princípio, a professora busca dar conta dessa criança contando com aquilo que ela supõe saber sobre como é ser uma mãe, usando “o olhar do coração”. Ela se vê lançada numa condição identificatória com um lugar materno.
Uma vez que não saibam como proceder e conduzir-se, as