Resenhas de Nietzsche
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Nietzsche e a Teoria do Eterno Retorno
Sidis e a genialidade humana
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Carlos Westin
Visualizar meu perfil completo quinta-feira, 19 de março de 2009
Nietzsche e a Teoria do Eterno Retorno
Caro Leitor
Dentre minhas últimas leituras, a mais proveitosa e instigante foi o livro entitulado “Quando Nietzsche chorou” do psiquiatra americano Irvin D. Yalom. Confesso que devorei a obra em espaço curto de tempo. Nesta, o escritor nos presenteia com um belo romance sobre o início da psicanálise, onde o Dr. Breuer (famoso pelo caso Anna O.) fica encarregado de aliviar as dores físicas e psicológicas de um dos maiores filósofos de todos os tempos: Friedrich Nietzsche. Os dois na realidade nunca chegaram a se encontrar, mas seus diálogos fictícios prendem a atenção do leitor, que não sossegará até que desvende os segredos de suas mentes. O romance também apresenta entre seus personagens a figura jovem de Dr. Freud, maior nome da história da psicanálise.
Das teorias elaboradas no romance, uma que me chamou a atenção foi a “Teoria do Eterno Retorno”, proposta por Nietzsche. Já havia lido sobre o assunto anteriormente e, como penso que o mesmo induz o leitor à reflexão, fazendo-o analisar profundamente sua vida e o caminho o qual está se propondo a seguir, resolvi escrever sobre o tema. O termo alemão para eterno retorno é Ewige Wiederkunft. Uma síntese dessa teoria é encontrada em A Gaia Ciência:
«"E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: "Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência - e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu