Resenha "A Pele que Habito"

Resenha “A Pele que Habito”

O filme de 2011, A Pele que Habito, dirigido por Pedro Almodóvar, marca o cinema contemporâneo com sua peculiaridade e excentricidade. Pode-se dizer que o enredo gira em torno de duas personagens principais: Robert Ledgard e Vicente. O primeiro, é um cirurgião plástico e cientista que, fissurado com a esposa, procura desenvolver uma pele mais resistente. Já o segundo, tem sua vida transformada ao cruzar seu caminho com o de Ledgard. A trama é baseada no livro Tarántula (2005), do escritor francês Thierry Jonquet.

Após um acidente de carro - em uma tentativa de fuga com o amante - a mulher de Ledgard fica com queimaduras graves por todo o corpo. Após o ocorrido, a esposa passa pelos cuidados do cirurgião, que se sentia impotente diante da situação de sua amada. Ela era mantida em um quarto totalmente escuro, pois a claridade a incomodava.Na busca inquietante e obsessiva pela melhora da senhora Ledgard, ele passa a trabalhar na criação de uma superpele, ou seja, uma pele mais resistente que a humana, capaz de resistir até às queimaduras.Entretanto, sua esposa vem a falecer ao ver seu reflexo no espelho da janela: ao abri-la para admirar a filha, Norma, que estava cantando no jardim. Horrorizada com sua imagem, a mulher atira-se da janela. Esta terrível cena se reflete na vida da menina, que traumatizada psicologicamente, passa a maior parte de sua história em tratamento a base de remédios controlados. Finalmente, a moça é incentivada à retomar sua vida social e acompanha o pai no casamento de amigos. Na festa ela conhece o jovem Vicente. O casal afasta-se dos outros convidados e o clima esquenta até que Norma entra em crise e, após ser molestada, desmaia. Robert a encontra no jardim com vestes a seu redor e deduz que a filha fora estuprada. A partir deste momento, a obsessão do cientista se desloca para a vingança - pouco tempo depois do ocorrido, sua filha falece.
Os experimentos, mesmo após a morte de sua esposa, não cessaram. E