Numa Denis Fustel de Coulanges (1830-1889), foi um historiador e escritor francês que teve sua obra de maior repercussão mundial A Cidade Antiga publicada em 1864. Também é autor de L´Histoire des institutions politiques de l´ancienne Franc. Lecionou em universidades por quase toda sua vida e suas obras literárias tem destaques por possuírem gêneros científicos. Ainda foi membro da Académie des Sciences Morales, em 1875, vindo, em 1880, assumir cargo de diretor da École Normale, umas das mais renomadas instituições de ensino de Paris. O Capítulo 5, A Instituição da Família em A Cidade Antiga, do escritor francês Fustel de Coulanges, livremente apresentado ao leitor pela professora e mestra em Direito da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) tem como premissa principal apresentar-nos as crenças nas famílias nas civilizações greco-romanas em tempos passados. O autor nos põe a par da formação da família, que se dava principalmente embasada na religião, bem como seus hábitos e costumes. Os rituais fúnebres aos quais os mortos eram submetidos, o seu estado de quase apoteose para aqueles que permaneciam em vida, o fogo sagrado e a sua importância para os que ficavam, eram sinais fiéis de que o povo antigo acreditava que, depois que morriam, a vida continuava e que ficava ali presente para protegê-los e garantir-lhes prosperidade nas gerações futuras. O autor também retrata o direito de propriedade e explica dentro dela a razão a qual as pessoas não se desfaziam de suas terras, uma vez que para isso, seus antecendentes ali se encontravam enterrados. A unidade do texto ainda tem como foco frisar a importância que possuía a figura do homem dentro da família. O pai, sendo ele tratado como pater familias (uma vez que isso representava o posto de quase sacerdote dentro da mesma), era a ele quem todos reportavam e reverenciavam. Também ao homem mais velho da casa, o primogênito, em falta do pai, lhe cabia o direito de primeiro escolher a herança,