RESENHA A CIDADE ANTIGA
A cidade antiga é um livro escrito pelo historiador, reacionário e positivista Francês, Fustel de Coulanges, em linhas gerais ela é considerada uma grande obra do século XIX no que diz respeito à história antiga, pois a partir dela pôde se compreender melhor como viviam os povos antigos e em que se baseavam suas crenças e culturas. Em seu livro, Coulanges expõe de forma precisa e contundente que mesmo nos tempos mais remotos, as sociedades da antiguidade já possuíam uma estrutura familiar/cultural sólida e enraizada em costumes e princípios ainda mais vetustos, e chama a atenção para a verossimilhança entre a cultura dos povos hindus, gregos, e romanos. Para ele, a proximidade de hábitos e comportamentos entre essas sociedades primitivas provém de uma base populacional comum, em que os ancestrais dessas pessoas viveram em conjunto pela antiga Ásia central. Vale ressaltar que este livro é datado de 1864, e por isso torna-se louvável a forma como o autor trabalha com fatos imprecisos e que não são totalmente confiáveis, mas mesmo com as adversativas da limitação de pesquisa da época, ele conseguiu agrupar um número considerável de fontes e citações, o que faz com que o texto passe confiança e segurança ao leitor.
A obra está dividida em livros, que se se subdividem em capítulos. Logo no primeiro livro, intitulado as antigas crenças, o autor já expõe qual vai ser a temática principal a ser tratada, em que ele aborda como as crenças e a religião teve um papel primordial no surgimento das primeiras famílias e de suas respectivas leis. Para melhor explicar essa questão, ele explica que nenhuma população indo-europeia chegou a pensar que ao fim desta vida, tudo acabara para o homem, pelo contrário, esses povos desde um passado remoto acredita fielmente que após a vida passageira na terra, o homem apenas muda de estado e vai viver em um novo mundo debaixo da terra. Jamais o espirito humano há de morrer