Resenha Vargas
Os tenentes, após o fracasso de sua política reformista e desagregação do Clube 03 de Outubro, também se dividiram entre o movimento da direita e o da esquerda. A ala tenentista de direita ingressou na recém criada Ação Integralista Brasileira (AIB), de cunho fascista. Os tenentes simpáticos à esquerda, junto com setores da classe média, militar e civil organizaram, em março de 1935, a Aliança Nacional Libertadora (ANL), uma organização política cujo objetivo era a luta contra o imperialismo, o latifúndio e o fascismo.
Entretanto, este período de relativa abertura política teve curta duração, pois, já no ano seguinte, foi aprovada a Lei de Segurança Nacional (LSN). Esta lei enquadrava os crimes contra a ordem política e social e seu principal objetivo foi colocar os crimes contra a segurança do Estado no âmbito de uma legislação especial, submetendo-os a uma pena mais rigorosa e com exclusão das garantias processuais. A preocupação maior do governo recaiu na recém fundada ANL, que, no espaço de quatro meses entre sua criação e a ilegalidade, obteve considerável crescimento e prestígio.
A ANL constituiu-se na primeira frente nacional brasileira de massas, organizada a partir das lutas contra o integralismo e a Lei de Segurança Nacional (LSN). Em doze de março de 1935 os seus estatutos foram aprovados e seu Diretório Nacional Provisório eleito. No dia 30 de março do mesmo ano, a Aliança foi oficialmente fundada na cidade do Rio de Janeiro, em um comício realizado no teatro João Caetano.
Seu programa, como se destacará mais adiante, de cunho nacionalista, caracterizava o país como subserviente ao sistema capitalista mundial.