Resenha - A verdade das mentiras - Vargas Llosa
Arx, 2004.
Resenhado por Evandir Pereira Ramos, acadêmica do VI semestre do Curso de Letras, da
Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Universitário de Tangará da Serra.
Mário Vargas Llosa é um escritor peruano, nascido em (28/3/1936). É Considerado um dos grandes romancistas contemporâneos. Aos 74 anos, Llosa foi contemplado com o
Prêmio Nobel da Literatura 2010, é um dos mais premiados autores da América Latina pelo seu trabalho como romancista, ensaísta e dramaturgo.
O autor Vargas Llosa (2004) inicia seu texto abordando as constantes indagações que as pessoas/leitores sempre fazem acerca de seus escritos e de seus romances. O fato é que a verdade ou mentira sempre dependerá uma da outra quando se refere à ficção.
Houve um tempo, em específico, na Espanha, em que escritos de cunho fictícios foram proibidos por retratarem, segundos as colônias hispânicas, mentiras. Uma vez, que essas informações resultariam em prejuízos físicos e espirituais para a tribo indígena. O que se lia no país, eram produtos (obras) oriundos do contrabando, da “ilegalidade”.
Segundo Llosa (2004), seus escritos sempre contrapunham as ideias engessadas e contrárias da tentativa de generalizar a ficção apenas como falácia, caluniosa e mentirosa.
Mas defende que os inquisidores espanhóis, talvez tenham entendido de forma mais precoce e clara o real sentido ficção.
A cerca dos romances, Llosa (2004) afirma: “De fato os romances mentem – não podem fazer outra coisa -, porém essa é só uma parte da história. A outra é que, mentindo, expressam uma curiosa verdade, que somente pode expressar escondida, disfarçada do que não é”. A ficção surgiu segundo Llosa (2004), da necessidade acentuada do homem em viver de forma diferenciada, isto é, de experimentar, experienciar coisas e sensações. E a ficção, por sua vez, atende essa necessidade de viver a realidade ainda que seja por ora