O documentário, Surplos, critica a situação alarmante da sociedade atual, culturalmente motivada para o consumo, além de fazer uma crítica também às estruturas políticas e institucionais que sustentam esse modelo de vida. Surplus, nos mostra como as indústrias destroem cada vez mais o meio ambiente e limitam os recursos naturais, para produzir em maior escala e maximizar seus lucros. O documentário não utiliza de uma linguagem tradicional, e explora tanto os recursos de repetição de imagens como a fala de determinados pessoas que são enfatizadas e sobrepostas várias vezes, o que o torna mais interessante dando um aspecto dinâmico. Ele se inicia mostrando cenas fortes da insatisfação da população que se expressa através de manifestações consideradas não pacíficas ,chocando-se violentamente contra a polícia armada. Logo, Surplus nos relembra o principal motivo da insatisfação popular, repensando as consequências do capitalismo industrial e sua cultura de consumo em excesso, . Direcionando o foco à aquilo que sustenta todo esse sistema capitalista: os chefes de Estado, os donos de multinacionais, empresários burgueses neoliberais. Expondo todos os seus mecanismos de alienação popular, e sua sede por capital e mercado consumidor usando a propaganda e a mídia ao seu favor. Paralelo à isso, o filme também mostra figuras como Fidel Castro, defendo o sistema comunista, condenando o uso da propaganda como ferramenta para alastrar o consumismo exacerbado e apontando o capitalismo como meio de perverter as virtudes e corromper os valores morais do povo. O filme nos mostra esses dois explícitos lados opostos, a defesa da sociedade capitalista e a defesa de uma socialista. Surplus, retrata claramente o processo de massificação na criação dos produtos, para induzir o consumidor a gastar compulsóriamente, aponta produtos dos quais não existem motivos de ser consumido, mas através de propagandas, o consumidor sente a