Resenha Stephen Jay Gould - A Falsa Medida do Homem
“A Falsa Medida do Homem”
Stephen Jay Gould
Antropologia II – Relações Internacionais PUC-SP
O autor pretende examinar o argumento do determinismo biológico, ou, a noção de que as pessoas de classes baixas possuem características inferiores (cérebros, genes e etc..)
O argumento científico entrou no argumento do preconceito racial, imposto no mundo praticamente desde sua criação. Vale ressaltar que para que as teorias raciais tivessem força, o contexto cultural das classes dominantes deveria de ser a priori adeptos a esses pensamentos. Ou seja, os líderes intelectuais das sociedades europeias nos séculos XVIII e XIX não duvidavam de que os brancos estavam no topo da hierarquização social.
O autor divide tais grupos preconceituosos. Os da “linha dura” afirmavam que os negros eram inferiores e isso justificava escravidão e colonização. Entretanto, os da “linha branda” diziam que mesmo sendo inferiores, a liberdade não dependia do nível intelectual.
Não importando o viés do pensamento preconceituoso, é valido notar que ele estava presente em massa tanto na Europa como na América Liberal, com Tocqueville, Locke e outros. Ou seja, isso é para mostrar como a validade da hierarquização racial estava de fato acentuada e “legitimada” via ciência nos séculos XVIII e XIX.
Tais estudos raciais eram, no entanto, mais uma crença social compartilhada por uma elite do que dados empíricos e discutidos. E isso estava presente em quase todas as escolas de pensamentos, desde os grandes naturalistas até os grandes políticos.
As teorias raciais adotavam dois argumentos, o “mais brando” deles, o “monogenismo”, adotava a ideia de que todos os povos descendiam de Adão e Eva. Logo, as raças humanas são o produto da degeneração da perfeição do paraíso. Entretanto, para eles, os negros se degeneraram muito mais do que os brancos, sendo o clima o principal fator para essa diferença.
A outra linha de pensamento, muito mais dura e racista, dizia que as raças humanas era