resenha socio
Crenças, valores e ideologias estão em constante alteração sendo moldadas tanto por características do meio ambiente, quanto pela transferência de conhecimento ao longo das gerações; havendo períodos com mudanças mais aceleradas que outros. Assim, durante os séculos, não só a cultura sofre alterações, como também, formam-se instituições distintas por região e período histórico. No modelo feudal, a inesperada Peste Negra foi um fator que levou a enormes mudanças no perfil não só social, como politico e econômico. Com um terço da população dizimada o sistema agrícola entrou em colapso, o que garantiu aos servos um maior poder de barganha. Como consequência, ocorre um movimento migratório desses para as vilas, abandonando seus antigos feudos; resultando em uma intensificação do comercio, antes praticamente nulo. Atrelado ao fortalecimento comercial surgem as finanças, essencial para o desenvolvimento comercial, o câmbio de moeda e financiamentos com juro eram praticados basicamente por judeus, uma vez que, inicialmente, tais praticas eram totalmente condenadas pela igreja católica. A recém criada burguesia, porém altamente rica, deparava-se com altos custos de transação devido a baixa centralização de poder e pequena unificação entre os feudos, o que através de uma união com senhores feudais permitiu a criação dos Estados Nacionais. Com o poder centralizado no rei a demanda burguesa pôde ser atendida. Criaram-se instituições mais eficientes que diminuíam os custos de transação, como a implantação de tributos coletados exclusivamente por funcionários do rei, tribunais régios e uma moeda única. A adesão de um sistema mercantilista auxiliou não só na criação dos Estados Nacionais como em sua manutenção. O poder centralizado permitia a forte a participação do Estado na economia, que visava o acúmulo de moeda primitiva, levando a adesão de medidas protecionistas, e ainda, o inicio das grandes navegações. Por serem os