Resenha sobre o texto Da Propriedade

Marcela Emediato Mendes de Oliveira
Resenha sobre o texto “Da Propriedade”
Escola de Governo Paulo Neves de Carvalho – 36 CSAP
Locke, em sua obra, defende que no estado de natureza todas as coisas pertencem a humanidade em comum e é um dos pioneiros no que diz respeito a atribuir valor ao trabalho: como o homem tem propriedade sobre si próprio e, consequentemente, tem a proriedade sobre seu trabalho, a partir do momento que ele aplica seu trabalha num pedaço de terra, este passa a pertencer a ele e não mais a comunidade. Ou seja, o trabalho, ao remover algo do estado comum de natureza, fixa a propriedade.
O autor entende que o trabalho deve beneficiar a sociedade e estabelece certos limites para a propriedade. Isso é observado quando Locke determina que é necessário desfrutar de tudo que possui, sem que haja desperdício, bem como ele deve possuir o tanto que ele conseguir utilizar (arar, semear, cultivar, etc.). Além disso, ele argumenta que quem adquire a propriedade deve deixar aos outros o suficiente para que os demais também possam sobreviver, como é observado nesse trecho: “A medida da propriedade a natureza bem se definiu pela extensão do trabalho dos homens e das conveniências da vida: o trabalho de nenhum homem poderia dominar ou se apropriar da totalidade; nem poderia sua fruição consumir mais do que uma pequena parte; de modo que era impossível para qualquer homem, desta forma, de se sobrepor ao direito de outro, ou adquirir para si a propriedade em prejuízo de seu vizinho, a menos que tivesse ainda espaço para tão boa e tão grande posse (após o outro tirar o seu) como antes de ser apropriada. Esta medida limitou a posse de cada homem a uma proporção muito moderada [...].”
Para Locke, como o limite da propriedade, em síntese, é estabelecido pelo uso dos recursos oferecidos por ela, com o advento da moeda e a possibilidade de trocar ou vender o excesso do que é colhido ou produzido, esse limite é praticamente eliminado. Já que, agora, o que não seria