Resenha sobre o livro: O Cidadão de Papel de Gilberto Dimenstein
Dimenstein possui como objetivo nesse livro desvendar as engrenagens que fazem a cidadania no Brasil não ser praticada além do escrito em papéis e o descaso do Estado com nossas crianças. O título do livro é insinuante e desperta a vontade do leitor a devorá-lo de tamanha curiosidade, o autor trabalha os capítulos do livro embasado em pesquisas e estatísticas de cerca de 20 anos atrás que ainda é vivenciada nos dias atuais.
Os mecanismos sociais que para o autor contribuem para falta de aplicação dos diretos das crianças e dos jovens no nosso país são a violência, a distribuição desigual de renda, a mortalidade infantil, as condições sub-humanas de existência, o desemprego, a exploração do trabalho infantil, a demasiada urbanização, a violência doméstica, as drogas, a desnutrição e a tão comentada tragédia educacional.
Segundo o mesmo, a criança é o elo mais fraco e exposto da cadeia social, ainda é a esperança para um futuro melhor. Nação alguma conseguiu progredir sem investimentos em educação infantil ou juvenil, pois esses são a verdadeira engrenagem para uma nação bem sucedida. O cenário da juventude e infância no nosso pais é a real imagem do desenvolvimento econômico, social e político. Num país onde a grande maioria de sua população é analfabeta funcional se torna difícil fazer com que a democracia e cidadania passem a serem praticadas todos os dias e não somente lembradas em momentos de revolução.
Outras duas questões sérias levantadas nos textos são a pobreza e a violência, a última sendo relatada em suas diversas formas como a violência física, institucional, intrafamiliar, moral, patrimonial, psicológica