Resenha segundo capitulo do indío ao bugre
Roberto usa trechos de estudos de Schimidel para comprovar que os Guaná possuem uma agricultura bastante desenvolvida, com roças de milho, frutos e outras raízes. Entretanto, mais que isso, possuem sistema eficiente de rotação de plantios que os permitem colher o ano todo. Mesmo com esse desenvolvimento permaneciam ligados aos Mbayá Guaikuru numa situação “subalterna”, de servidão. No entanto alerta para o erro do emprego da palavra “escravo”. A inadequação do termo se comprova com o trecho extraído de estudos de Félix Azara onde deixa claro que os Guaná submetiam-se e renunciavam voluntariamente por meio de visitas aos Mbayá por questões de parentesco. Além disso, a vassalagem era praticada por alguns do grupo, e não por todos; a plebe Guayuru não tem direito a criados. Assim, caciques e parentes eram chamados de “Nossos Capitães” enquanto o restante do grupo de “Nossos Irmãos”.
O autor ressalta que não há como negar o interesse dos Guaná pelas visitas periódicas dos Guaikuru, essas interações intertribais podem ser consideradas como uma condição de dependência econômica. Pois mediante a essas visitas, os Guaná adquiriam as facas e machados roubadas de espanhóis pelos Guaikuru. Dessa maneira, elementos dessa superioridade bélica Guaikuru, que mais tarde viriam a adotar o cavalo, eram passados aos Guaná em troca da voluntária serventia.
Pode-se considerar então, que tratava-se de uma aliança, inclusive com regras, e não apenas uma subserviência Guaná. Mesmo