Do índio ao bugre - fichamento
DO ÍNDIO AO BUGRE: O PROCESSO DE ASSIMILAÇÃO DOS TERENA
Campo Grande – MS Novembro / 2010
Capítulo V: Configuração atual dos grupos-locais Terena.
“Aliás, as conseqüências que a Guerra do Paraguai teve na dispersão dos Terêna numa extensa área que vai do rio Miranda até o Brilhante, às nascentes do Vacaria e ao vale do Dourado, serão tratadas no capítulo seguinte. É necessário apenas ter-se em mente que esse conflito representou, além de um fator ponderável à mobilidade dos Terêna, uma experiência que ficou gravada profundamente na memória tribal, constituindo-se, pode-se dizer, na fase heróica de um povo pacífico por natureza; proporcionou-lhes uma tomada de consciência de seus direitos sobre o território que ocupam, como pudemos verificar ao ouvir discursos do chefe Terêna da aldeia de Cachoeirinha, cujos temas principais eram o cativeiro e a Guerra do Paraguai: sobre este último tema, dizia o ‘Capitão’ Timóteo que eles, os Terêna, haviam lutado lado a lado das forças brasileira em defesa de suas terras e que, por isso, a elas tinham direito.” (pg. 60).
Nasceu em 1946, como decorrência de um descontentamento existentes na aldeia Bananal, que resultou na saída dos dois principais lideres protestante da comunidade, que com suas famílias, passaram a ocupar um lote de 73 hectares por eles mesmo adquiridos. Contou-nos o filho do líder principal Patrício Lily ou Wollily – atual líder da pequena comunidade de União -, que em 20 de novembro daquele ano, as famílias se instalaram naquelas terras e lá fundaram, meses depois, em 1947, a Escola Evangélica União.” (pg. 74).
“Comparando-se os três núcleos nacionais, Passarinho, Moreira e União, vemos que a situação deste ultimo e bem mais favorável: além