Resenha Práticas de Espiritualidade na Gestão de Pessoas
O tema espiritualidade insere-se no escopo da subjetividade humana e vem adquirindo relevância na literatura organizacional que trata da gestão de pessoas, buscando compreender a condição humana no trabalho
Alguns autores argumentam que há desemprego no atual capitalismo global e que as pressões pelo emprego aparentemente tornam inadequadas as discussões acerca da inclusão de valores espirituais nas organizações. A apreensão com o desemprego, fragmenta famílias e comunidades gerando muitas incertezas.
Vista por muitos com uma grande avanço, a tecnologia, que permite a dispensa de muitas pessoas e aumenta a pressão pelas vagas de emprego existentes. Se por um lado a tecnologia e seus avanços disponíveis às organizações podem explicar o desemprego e o estresse que ele provoca, a tecnologia pode também sinalizar para o fato de que o grande diferencial competitivo das organizações são as pessoas. Analisando por esse prisma, fica difícil afirmar que as pressões pelo emprego no atual capitalismo global tornam inadequadas as discussões sobre a inclusão de valores espirituais nas organizações.
Alguns estudiosos argumentam que a espiritualidade organizacional pode se converter em um discurso com o intuito de manipular as pessoas com objetivos puramente materialistas.
O tema espiritualidade tem ensejado inúmeros estudos, discussões, posicionamentos e a eles se junta o presente ensaio, pautado por um encaminhamento metodológico alimentado pela reflexão.
Considerando o ambiente turbulento das organizações e a competitividade cada vez mais acirrada do capitalismo global, assim como considerando a crença ainda difundida de que o empregado deve separar sua vida pessoal e seus interesses particulares da sua atuação no trabalho, não raro fica difícil a empregados e a gestores ver o ambiente de trabalho como um local adequado para expressão da humanidade, com todas as emoções, fraquezas, qualidades e defeitos que isso