Resenha polifonia
ARQUITETURA E URBANISMO
CRISTIANE MAIER
RESENHA – POLIFONIA:A LINGUAGEM DA CIDADE
Florianópolis/SC
2012
Eugênia Maria Dantas
POLIFONIA:A LINGUAGEM DA CIDADE
Publicação do Departamento de História e Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Florianópolis/SC
2012
POLIFONIA: a linguagem da cidade
“O único pensamento que sobrevive é aquele que se mantém na temperatura de sua própria destruição” (Edgar Morin)
O sítio que hoje sustenta as relações natureza/homem é a cidade. É na cidade onde as redes de comunicação e trocas sofrem confluências e difusões que articulam-se com algum território e consequentemente com o restante do mundo.
Segundo Rosnay, a cidade é “... uma máquina de comunicar; uma rede enorme no seio do qual a maioria das actividades que aí se desenvolvem tem como finalidade a aquisição, o tratamento e a troca de informações” (p, 49). É um espaço que possibilita a “desmultiplicação das comunicações e das trocas, mas sobretudo a pluralidade e diversidade de escolhas...”(idem, p. 49).
A cidade pode ser considerada um organismo novo no nosso ecossistema, porém, sua importância não é diretamente proporcional a sua idade, pois nela estão marcados os grandes avanços e recuos da humanidade. O século XVIII, foi responsável por mudanças significativas na estrutura citadina, tanto em termos populacionais, quanto na própria organização do espaço. As muralhas, as casas velhas, as ruas tortuosas da Idade Média foram substituídas por estruturas que revelavam uma “concepção matemática e abstrata do espaço, expressa num rigoroso plano de ruas, e num traçado urbano formal”(idem, 1991, p. 124), cristalizando em formas, o distanciamento entre razão e misticismo, superando marcas do período medieval.
Por causa do homem, o espaço urbano ganha concretude sobre um terreno “selvagem” - montanhas, rios, pedras - consolidando uma natureza manufaturada, fruto