Intertextualidade e Polifonia: semelhanças e diferenças
Diferenças e semelhanças
Silvia Laurine Rossato e Célia Helena Peregrini DellaMéa
INTRODUÇÃO
Para Koch (2004), um dos principais temas, a que se tem dedicado a Linguística Textual, é justamente a intertextualidade. No presente artigo, foram analisados trechos de textos com a intenção de encontrar pontos convergentes ou divergentes entre intertextualidade e polifonia.
LINGUÍSTICA TEXTUAL: BREVE HISTÓRICO
Na década de 60, o objeto de estudo era a coesão e também a coerência, já que ambas faziam parte da qualidade do texto. Na década de 80 essa percepção teve fortes mudanças. Passou-se a postular que a coerência não constitui somente propriedade do texto, mas a que também constrói a interação entre o texto e o leitor.
A partir da década de 90, os processos de ordem sociocognitiva, que englobam a referenciação, inferenciação, etc., assume grande importância.
De acordo com Koch (2000, p.21), desde as origens da Linguística Textual, até nossos dias, o texto foi visto de várias formas, como:
a) Unidade linguística superior à frase;
b) Sucessão ou combinação de frases;
c) Cadeia de pronominações ininterruptas;
d) Complexo de preposições semânticas.
O texto deixa de ser considerado uma estrutura acabada, e passa a ser.
Modificado através de planejamento, verbalização e construção. Textos são atividades verbais produzidas por um indivíduo que deseja alcançar um fim. A Linguística Textual trata o texto como um ato de comunicação no universo de ações humanas. Para Koch, “um texto se constitui enquanto tal no momento em que os parceiros de uma atividade comunicativa global são capazes de construir determinado sentido.”. ANÁLISE DO DISCURSO: BREVE HISTÓRICO
Os formalistas russos foram os pioneiros no estudo do chamado “discurso”. Mas somente na década de 50 foi constituída uma disciplina que se analisa o discurso. A relação que se estabelece entre o locutor, seu enunciado e o mundo, é o cerne das