Resenha "poliarquia" de robert dahl
Prof. Luiz Gustavo Serpa
“Poliarquia”
Robert A. Dahl
Relações Internacionais – 1ºB
201011083
Bárbara Kiyomi Hanashiro
Prefácio por Fernando Limongi.
Fernando Limongi inicia o prefácio introduzindo o leitor ao mundo de Robert A. Dahl com extremo entusiasmo, destacando a importância deste na conceituação do que hoje conhecemos por democracia; sua teoria englobando também, os acontecimentos do mundo político moderno. Entretanto, foi reconhecendo que as democracias efetivamente existentes pouco se aproximavam do ideal democrático, é que Dahl sugeriu que estas se nomeassem poliarquias.
Limongi afirma ainda que o autor definia a democratização como “um processo de progressiva ampliação da competição e da participação política” (p. 11), onde estes dois eixos ofereceram critérios objetivos para estudar regimes políticos observadores, de forma a definir sua maior ou menor proximidade do ideal democrático.
A literatura é apresentada também como de extrema importância para os estudos da poliarquia. É ela que discute a transição entre regimes políticos onde novos conceitos são apresentados, como autonomia e variáveis com poder explicativo e; avalia a chance de ocorrer a democracia ou o autoritarismo em uma sociedade. O ponto de partida para a “reconstituição da literatura”, como Fernando Limongi apresenta, é a tese de Seymour M. Lipset, que visa explicar a variação do sucesso da democracia. Para este, existia uma “relação direta entre o grau de modernização da sociedade e a democracia” (p. 13).
Segundo as análises de Lipset, quanto mais desenvolvida e, portanto, moderna, a sociedade, melhor a manutenção da democracia, pois aquela estaria capaz de gerar uma estrutura social condizente com esta, onde não teria razão pra conflitos sociais violentos. A política, também abrangida na discussão de Lipset, não possuiria autonomia, pois ela sempre estaria subordinada à estrutura social.
Seymour Lipset ainda defende na sua avaliação