Resenha - weber
A obra de Robert Dahl( Poliarquia: participação e oposição) trata da democratização e como sua aplicação e desenvolvimento esta ligada com a contestação pública. Para isso, ele resolve inicialmente caracterizar a democracia, com o intuito de mostrar que esta forma de governo possui diferentes níveis e que ainda não atingiu sua total plenitude no âmbito politico.
“A democracia surgiu quando, devido ao fato de que todos são iguais em certo sentido, acreditou-se que todos fossem absolutamente iguais entre si.(Aristóteles)”. Assim como na frase de Aristóteles, Dahl também vê a democracia como uma responsabilidade que a entidade estatal possui de dar preferência às decisões dos cidadãos considerando-os como politicamente iguais e é partindo deste pressuposto que ele alega quais oportunidades todos os cidadãos devem ter pleno direito, tais como :formular suas próprias preferências, expressá-las por meio de ação individual e coletiva e por fim , ter estas preferências consideradas na conduta do governo sem discriminação de conteúdo ou fonte; entretanto, quanto maior for a porção da população disposta a participar da vida política, maior será o espaço para a contestação sobre as atitudes tomadas pelo governo.
Em um país onde o sufrágio é universal e o governo repressivo há nitidamente menos oportunidades para contestações do que em um país onde o sufrágio é limitado e o governo mais tolerante, mas é importante salientar que procurar desenvolver uma democratização não significa desenvolver conjuntamente um sistema de contestação pública, portanto, são variáveis que se modificam de forma independente.
Após essa análise inicial da democracia, Dahl ao seu entender, relata que nenhum país no mundo é excepcionalmente democrático fazendo com que ele utilize o termo poliarquia para descrever os países que possuem regimes mais popularizados e liberalizados1. Quando regimes políticos deslocam-se rumo a uma poliarquia,