Resenha parcial de Discurso e Mudança Social
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Orientação de Trabalho de Conclusão de Curso
FAIRCLOUGH, Norman. Discurso e mudança social. Trad.: Izabel Magalhães. Brasília – Editora Universidade de Brasília: 2001. Cap. III (parte 2) p. 106-115.
A prática discursiva abrange os três processos textuais: produção, distribuição e consumo, além da natureza deles que varia entre diferentes tipos de discurso de acordo com fatores sociais. Assim, entende-se que os textos são produzidos, distribuídos e consumidos de forma peculiar conforme o contexto social específico dele, sendo que os três podem ser coletivos e/ou individuais. Existe um conjunto de ‘traços’ do processo de produção, ou um conjunto de ‘pistas’ para o processo de interpretação. Elas são intrínsecas às dimensões ‘sociocognitivas’ específicas de produção e interpretação textual. As interpretações centralizam-se na inter-relação entre os recursos que os participantes do discurso têm interiorizado e trazem consigo para o processamento textual, além do próprio texto. Esses processos ocorrem não-consciente e automaticamente, o que é fator determinante de sua eficácia ideológica, mesmo sendo alguns aspectos mais fáceis de serem trazidos à consciência do que outros.
É fundamental na perspectiva tridimensional da análise de discurso que se façam conexões explicativas entre a natureza dos processos discursivos em instâncias particulares e a natureza das práticas sociais de que fazem parte. Retomando as sete dimensões da análise da prática discursiva, tem-se a ‘força’ dos enunciados, a ‘coerência’ e a ‘intertextualidade’.
A força dos enunciados é a ação social que se realiza, que ‘atos de fala’ desempenham, como dar uma ordem, fazer uma pergunta, ameaçar, prometer, etc.. Já o ‘contexto’ é um fator importante na redução da ambivalência da força. Antes que se possa recorrer ao contexto para interpretar a força de um enunciado, deve-se ter chegado a uma interpretação textual: envolve uma inter-relação