RESENHA PARADIGMA EMERGENTE
Marilda Aparecida Behrens, autora de “O paradigma da complexidade – Metodologia de projetos, contratos didáticos e portfólios, além desta obra ora resenhada, é pedagoga pela UFRJ, mestre e doutora em educação pela PUC – SP. Atua nas licenciatura e na graduação em pedagogia, assim como na formação de professores universitários. Lidera dois grupos de pesquisa: “Paradigmas educacionais e formação de professores” e “educação, comunicação e tecnologia”.
O paradigma emergente e a Prática Pedagógica é um texto desafiador e instigante que concentra esforços em evidenciar alternativas para a superação do paradigma conservador predominante na ação docente na atualidade, especialmente influenciado pelo paradigma newtoniano-cartesiano. Seu curso contrapõe duas dimensões históricas na organização do processo pedagógico. A primeira que valoriza a reprodução do conhecimento e a segunda que é caracterizada como inovadora porque valoriza a produção do conhecimento. Aquela traduz o paradigma newtoniano-cartesiano e esta o paradigma emergente.
A obra está organizada em cinco capítulos a saber: Os paradigmas da ciência: a influência na sociedade e na educação; paradigmas da ciência que levam à reprodução do conhecimento; os paradigmas inovadores da ciência: a produção do conhecimento; a prática pedagógica no paradigma emergente e desafios para uma pratica pedagógica emergente.
No primeiro capítulo, a autora retrata a sobreposição do paradigma newtoniano cartesiano na educação, descrevendo uma contaminação com um pensamento racional, fragmentado e reducionista. A forte influência positivista credencia como legítimo o conhecimento científico comprovável e objetivo o que promoveu a fragmentação do saber de modo que a educação tem marca explicita na reprodução do conhecimento, o professor valorizando a cópia, repetição e os alunos passivamente “obedientes”. A discussão aponta a