RESENHA NOBLAT
Clara Pires Gastão
Novas notícias saindo a todo momento. Pautas sendo fechadas. Textos redigidos às pressas. Correria para todos os lados. Um ambiente caótico e exaustivo. É assim que muitos devem imaginar uma redação jornalística. E é assim que muitos desses profissionais idealizam um bom local de trabalho. Como já dito por Gabriel García Márquez, o jornalista trabalha ‘‘Num ofício cuja obra se acaba depois de cada notícia como se fora para sempre, mas que não permite um instante de paz enquanto não se recomeça no minuto seguinte’’. O livro ‘’A arte de fazer um jornal diário’’ é bastante útil em sua forma de dar dicas e alertar para os erros mais e menos comuns de profissionais experientes e também dos recém-formados que agora tentam entrar nesse mercado. Ele consegue inserir de forma simples casos do jornalismo nacional e internacional, apontando o que é positivo e o que poderia melhorar. Um bom exemplo é quando o escritor fala na importância da constante renovação dos jornais e cita as melhorias que a reforma do ‘‘Correio Braziliense’’, quando era diretor de redação, trouxeram para a visão do jornal sobre o público e vice-versa. Um dos muitos aspectos criticados pelo autor Ricardo Noblat, é o fato dos profissionais da área utilizarem pouco a imaginação, - mesmo ela sendo considerada palavra chave - o que tem determinado a semelhança das ideias nos jornais, fazendo-os repetições uns dos outros. Outro ponto é o possível fim do meio causado pelo medo de mudanças, que segundo ele deveriam incluir o jornalismo independente e em prol da sociedade, além da abordagem dos temas com o ponto de vista dos leitores. Noblat tem êxito em envolver o leitor no texto e em fazê-lo refletir sobre as diferentes perspectivas de suas obrigações profissionais. Sendo o meio de comunicação um mercado diferenciado que serve para o aprimoramento de uma sociedade, tem de seguir determinados valores, como ‘‘a liberdade, a igualdade