A arte de fazer um jornal diário-resenha ricardo noblat
O livro de Ricardo Noblat inicia-se colocando em questão a possibilidade do fim dos jornais em decorrência da falta de leitores através de uma conversa intrigante entre um cidadão e um jornalista. A partir disto, uma discussão quanto ao futuro dos jornais se desenvolve ao longo do livro, levando o leitor a refletir. De acordo com o autor, a péssima administração dos jornais junto ao fato de que os jornalistas publicam apenas o que julgam interessante é a razão do baixo interesse dos leitores pelo conteúdo dos jornais.
É possível perceber o risco que o jornalismo impresso corre com a queda do número de leitores a partir de dados citados no livro. Desafios como a qualidade,o custo e o tamanho dos jornais somado ao desinteresse da mídia impressa de atender ás reclamações do público podem acarretar em sua extinção. Noblat fala sobre a necessidade de um jornalismo mais dinâmico e interativo,ética, valores e vida privada. O autor é crítico ao afirmar que Tim
Lopes foi inconsequente ao documentar um assunto que era de interesse público mas que para ser investigado era necessário passar por cima da ética. O fato de o jornalismo estar servindo ao público não significa que deve ultrapassar os limites éticos,como ao roubar documentos, mentiras e gravar conversar não autorizadas.
Com a chegada da televisão, muitas pessoas deixaram de lado os jornais,pois preferiram a vantagem da nova tecnologia de obter notícias com imagem e áudio instantaneamente. No entanto, por visarem o lucro, os telejornais competem com os outros meios de comunicação não pela importância das notícias,mas pela quantidade de audiência que estas conquistarão.O autor conclui que a superficialidade das notícias divulgadas pela televisão contrastam com a função social do jornalismo impresso.
O pensamento mercantil dos jornais atualmente é muito criticado pois as pautas estão cada vez mais voltadas