Resenha nacionalismo literário
Segundo Antonio Candido, o nacionalismo literário ganha força a partir do romantismo, período em que a literatura pôde se adequar ao presente da época, uma vez que, havia uma forte tendência em se embasar nos modelos clássicos de produzir literatura. Na mesma disposição de dotar o Brasil de uma literatura equivalente às européias, que exprimisse de maneira adequada a sua realidade própria ou como então se dizia uma literatura nacional.
A ruptura entre o arcadismo- exaltação à natureza, para o romantismo, em que prevalecia um sentimento de patriotismo, foi fator decisivo para a construção do nacionalismo literário, uma vez que, houve uma grande influencia por parte de alguns jovens que foram à Paris estudar e cultivar assuntos pertinentes à literatura, traçando contato com as novas orientações literárias, os quais foram: Domingos José Gonçalves de Magalhães, Manuel de Araújo Porto-Alegre, Francisco de Sales Torres Homem, João Manuel Pereira da Silva, Cândido de Azevedo Coutinho, sendo os mesmos liderados por Gonçalves de Magalhães. Esses jovens chegaram a publicar uma revista em Paris, a qual trazia como lema: “Tudo pelo Brasil; e para o Brasil.” Tendo-se originado de uma convergência de fatores locais e sugestões externas, é ao mesmo tempo nacional e universal, essa tendências locais resulta de um momento harmonioso e íntegro que ainda hoje parece a muitos o mais brasileiro dentre o que já tivemos. Teoricamente, o nacionalismo literário independe do romantismo, embora tenha encontrado nele o aliado decisivo, o nacionalismo foi manifestação de vida, exaltação afetiva, tomada de consciência, afirmação do próprio contra o que era imposto.
Outro fator importante para a produção literária no Brasil foi a religião, logo reputada como elemento indispensável à reforma literária. Temos em primeiro lugar a religião como fé específica,