Resenha mãos que curam

Em seu filme Mãos que curam (El mal ajeno), lançado em 2010, o diretor espanhol Oskar Santos emerge no cotidiano médico ao gravar a maior parte de seu longa metragem no ambiente hospitalar e envolve reflexões sobre a medicina que vai além da simples cura a partir do personagem principal, Diego, um médico que trabalha na unidade de dor de um hospital. O longa tem cerca de 98 minutos de duração e conta com os atores Eduardo Noriega (como Dr. Diego Sanz), Belém Rueda (como Isabel) e Angie Sepeda (como Sara).
Na primeira parte do filme, a unidade de dor, seu dia a dia e os personagens principais são apresentados. Assim, percebe-se que Diego trata pacientes que sentem diversas escalas de dor, desde as mais leves às mais severas. Devido a essa relação intensa com situações extremas, ele desenvolveu imunidade ao sofrimento alheio, ficando resistente e imparcial em relação a dor dos outros. *(Reflexão sobre a dor que o ser humano pode suportar e suas diferentes percepções de acordo com o individuo).
A partir do momento em que Diego tem um encontro com o companheiro, Armand, de uma paciente, Sara, cujo estado é grave, ele é ameaçado com uma arma. Horas depois, ao acordar de um aparente desmaio, lembra-se do som do tiro e, a partir de então, percebe que pode curar pessoas através do toque. Contudo, é incapaz de curar quem mais ama – seu pai e sua filha. Enquanto Diego cura as pessoas com apenas um toque, seus familiares próximos, adoecem. Seu pai falece, e sua filha, Ainhoa, por pouco não tem sua vida abreciada por uma doeça grave.
Todos os personagens do filme vivem conflitos, os quais podem ser trazidos pra vida real, a não ser pelo toque místico com o qual são resolvidos. A solução para as enfermidades é dada com o contato das mãos do indivíduo que tem o poder com o enfermo. Esse poder passa da pessoa que tem, para a que a assiste morrer. Diego adquire com Armand, o qual adquiriu com a irmã de sua esposa Sara, garotinha a qual foi atropelada por ele.
Diego é um