Resenha do filme mãos que curam
Fala o tempo todo de doenças graves, ferimentos graves, pacientes terminais, e mostra cenas de hospital, de sala de cirurgia, de forma explicita espantosa.
Este filme retrata uma realidade que muitos profissionais de saúde têm passado, retratando através de seus personagens fatores sociais que permeam tais acontecimentos.
No filme, Dr. Diego é um médico tão acostumado a lidar com situações limite, que acabou se tornando imune a dor dos outros. Ele se desligou do seu trabalho, de sua esposa, sua filha e até mesmo do compromisso com o seu pai.
Há um momento que me chamou bastante atenção foi quando o Dr. Diego dá uma bronca em Juanjo (namorado da filha que até então Diego não sabe), garoto saído da faculdade de Medicina, no seu primeiro ano de residência, porque vê o rapaz dar comida na boca de uma paciente. Então, diz a ele que não deve se afeiçoar a nenhum paciente, não deve sentir pena deles, não deve nem mesmo olhá-los nos olhos, porque há pacientes demais, e todos precisam dos mesmos cuidados, pergunto-me onde esta o acolhimento e a humanização prestada a esses pacientes? Seria esse aprendizado que o residente deveria receber? Porém, para Dr. Diego todos os pacientes eram vistos apenas pelos seus diagnósticos.
Mas, Dr. Diego se depara com um caso inusitado, que vai além da medicina, após ter dando entrada na emergência do hospital uma mulher que faz acompanhamento com a equipe dele, a Sara, com diagnóstico prévio de esclerose múltipla, grávida, idade 30 anos, fez ingesta de medicamentos (barbitúricos) com sentido de provocar sua própria morte (podemos ver que no atendimento dela são realizadas manobras de ressuscitação CAB com sucesso).
Ao final do plantão Dr. Diego é