Resenha: menino de engenho
Rego, José Lins do, 1901-1957.
Menino de Engenho / José Lins do Rego; nota de Carlos Drummond de Andrade; estudo de Antonio Carlos Villaça – 86ª ed .
- Rio de Janeiro: José Olympio, 2004.
José Lins do Rego nasceu no dia 3 de junho de 1901, no município de Pilar,estado da Paraíba,filho de João do Rego Cavalcanti e Amélia do Rego Cavalcanti. Aos 22 anos, forma-se em advocacia. Em 1924, casa-se com Philomena Massa (Naná). Em 1923, já revela sua autêntica vocação de escritor, publicando artigos em suplementos literários. Em 1925, é nomeado promotor público em Manhuaçu, Minas Gerais, por breve período. Em 1926, transfere-se para Maceió, Alagoas, onde trabalha como fiscal de bancos. Integra-se a um grupo de intelectuais que se tornariam seus amigos pelo resto da vida: Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Aurélio Buarque de Holanda, Jorge de Lima, Valdemar Cavalcanti e outros. Em Maceió escreve os três primeiros romances: Menino de Engenho, Doidinho e Banguê. A 12 de setembro de 1957, morre José Lins do Rego, sendo enterrado no mausoléu da Academia, no cemitério São João Batista.
Carregada de saudosismo, a história mostra a infância de Carlinhos, personagem da obra Menino de Engenho,de José Lins do Rego. Nesta obra o autor aborda aspectos da paisagem natural e ampla da fazenda onde Carlinhos passa sua infância num engenho de açúcar nordestino, onde é abordado questões de aspectos do contexto cultural e econômico.
Percebe-se ao longo dos capítulos que existe uma preocupação por parte do autor em relatar por menores o cotidiano de um menino que ficou órfão da mãe aos quatro anos de idade, devido ao ciúme do seu pai, ela foi assassinada por ele. Em decorrência desse fato o seu pai fora internado em um hospital psiquiátrico e Carlinhos foi entregue aos cuidados do avô materno e dos tios. A partir desses acontecimentos Carlinhos começa uma nova etapa em sua vida, onde ele descobrir-rá a realidade do nosso país e a desigualdade social, num mundo cheio de