Meninos de engenho
A obra Menino de Engenho tem como cenário o interior paraibano, a Fazenda Santa Rosa eo engenho de açucar do avó do menino Carlinhos.Aos quatro anos de idade, Carlinhos, após a moste da mãe, assassinada pelo pai enlouquecido e posteriormente internado, o menino vai viver na fazenda do avô materno, o senhor de engenho José Paulino.A adaptação de Carlinhos e suas sucessivas perdas estão presentes ao longo da narrativa. A convivência com tio Juca, e a mentalidade machista, revelam na descrição do emio a influencia da cultura patriarcal e escravocrata, fazendo parte da infãncia do menino.A cultura e a estrutura do engenho estão centradas na economia açucareira em declínio. A ferramenta que move o engenho é a mão-de-obra escrava. Negras e negros compõem a estrutura produtiva através de um trabalho escravo, onde a exploração dos trabalhadores e trabalhadoras retrata um painel econômico e social. O senhor de engenho representa o poder econômico, o latifúndio e a exploração do serviço braçal.O contraste entre a Casa Grande e a Senzala, a sociedade hipócrita e sexualmente pervertida, onde a promiscuidade e a exploração sexual das negras fazia parte de uma relação sem escrúpulos do senhor de engenho (dominador) e das escravas negras(dominadas). A narração feita em primeira pessoa pelo protagonista Carlinhos, retrata com naturalidade a convivencia numa sociedade estruturada no poder senhoril e suas regras de dominação. As negras eram comparadas a animais domésticos, mais intimanete ligadas à Casa Grande, executanto trabalhos sem remuneração que se perpetuavam geração após geração. A gravidez e as doenças venéreeas eram uma constante entre as escravas negras exploradas pelos senhores de engenho.Carlinhos se inicia sexualmente com uma escrava e contrai doença venérea, na época motivo de orgulho para um homem.Aos quinze anos Carlinhos é mandado para um colégio interno e deixa o engenho de açucar do avô José Paulino em vias de decadência com