Idade moderna- aumône generale

Lyon já tinha cerca de 45 mil pessoas e a relativa paz que vigorou na Europa Setentrional neste período proporcionava um aumento demográfico, somadas às baixas taxas de mortalidade. Muitos moradores de Lyon tinham muitos filhos para sustentar. A migração constante do campo para as cidades, como também ocorrera na Inglaterra, proporcionava cada vez mais o aumento do número de pessoas que mendigavam, contribuindo para o pauperismo geral. As listas da Aumône-Générale cresciam e acabam incluindo não só viúvas ou órfãos, mas também famílias com pais desempregados ou não, mas que não garantiam o sustento familiar. Os filhos (característicos da cultura da família extensa campesina) eram um ônus para a condição da baixa renda dos pais e muitos precisavam mendigar para elevar um pouco a renda para o sustento familiar.
Não só o inchamento das cidades e o baixo valor pago pelos serviços, mas as técnicas agrícolas rudimentares encareciam os preços dos cereais e do pão. Era uma tradição medieval a não utilização técnicas agrícolas apuradas; o arado era o que tinha de mais moderno. Moinhos eram caros de se construir e pragas devastavam colheitas, pois se desconhecia formas eficientes de eliminá-las. A baixa fertilidade do solo era compensada pelo sistema de rodízio da terra, onde se plantava anualmente em dois terços da área e um terço ficava descansando para o próximo ano.
Essa situação gerava na sociedade um amplo debate sobre a mendicância, a pobreza e o pauperismo, levando à criação de medidas de previdência social e auxílio aos pobres. Entre elas, uma instituição famosa, aAumône-Générale.
A pobreza chega ao ponto de esgotar os ânimos tirando dos pobres o ímpeto de promover qualquer levante. Mas essa realidade não evitou manifestações ou ataques. Há caso de levantes no século XVI justificados na frase de Jean de Vauzelles, um povo faminto não pode temer a força.
As formas de previdência ou assistência aos pobres, na França medieval, fora praticamente dominada pelas