Resenha: mauá – o imperador e o rei (1999)
Resenha Crítica do Filme:
Mauá – O Imperador e O Rei (1999)
Direção: Sérgio Rezende
Elenco: Paulo Betti, Malu Mader, Othon Bastos, Antonio Pitanga, Rodrigo Penna;
Duração: 134 min.
A construção de um Herói Brasileiro
O Filme Mauá – O Imperador e O Rei mostra a trajetória de Irineu Evangelista, mais conhecido como Barão de Mauá.
Irineu Evangelista de Souza (1813-1889) é uma das personalidades mais importantes e influentes do Segundo Império no Brasil. Mais de que um personagem histórico de destaque, Mauá incorporou, foi um empreendedor fervoroso com seu sonho de modernização e independência econômica para o País, como descreve a cuidadosa biografia de Jorge Caldeira, Mauá - Empresário do Império. Ela é uma das fontes de Mauá, o Imperador e o Rei, superprodução de R$ 6 milhões, dirigida por Sérgio Rezende e produzida por Joaquim Vaz de Carvalho. Obcecado por personalidades com destinos incomuns, como em O Homem da Capa Preta, Lamarca e Guerra de Canudos, todos com a participação de Paulo Betti, Rezende realizou um filme tão didático e fascinante que torna Mauá um personagem fascinante e envolvente.
Com a mistura de dados históricos com uma vida afetiva talvez um pouco confusa, Mauá percorre de forma linear e um tanto redutora a trajetória impressionante de um garoto gaúcho pobre de Arroio Grande, que irá se tornar o homem mais rico do Brasil. Com a morte do pai, assassinado por ladrões de gado, Irineu é enviado ao Rio de Janeiro para morar com seu tio e trabalhar no armazém do português Pereira de Almeida, onde o menino descobre suas aptidões para os negócios. Tornando-se um funcionário de confiança e um cobrador impiedoso, até ter seu talento reconhecido pelo escocês Carruthers (Michael Byrne), que o contrata para trabalhar em sua firma de exportação e lhe dá as primeiras noções das teorias econômicas da época.
Em determinado momento Carruthers decide voltar à terra natal, deixando os negócios