Resenha Iracema
A história da obra Iracema de José de Alencar inicia-se em 1608 quando Martim Soares chega no Brasil com o intuito de colonizar a região que mais tarde ficaria conhecida como Ceará. No aspecto histórico existiam duas tribos de índios, os potiguaras (aliados portugueses) e os tabajaras (aliados franceses), Martim encontra Iracema, guerreira tabajara, apaixona-se subitamente pela “Virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira”, no “primeiro encontro” Iracema o lançou uma flecha certeira, alusão à flecha do cupido, com o olhar, desistem de se atacar e Iracema o leva para sua aldeia e apresenta-o ao seu pai, o pajé Araquém. Martim é recebido com muita hospitalidade, Iracema o oferece mulheres, mas ele as rejeita e revela seu amor por ela.
O amor de Martim é cristão, o de Iracema também com sua necessidade de se manter virgem porque guarda o “segredo de jurema”. Essa proibição atiça a vontade dos dois e atinge Irapuã, chefe guerreiro tabajara, apaixonado por Iracema. Tudo conspira contra o amor dos dois: A saudade de Martim pela sua terra natal, a raiva de Irapuã e a virgindade de Iracema. No entanto, Iracema leva Martim a um bosque sagrado e lhe oferece uma porção alucinógena. No caminho de volta são atacados por guerreiros liderados por Irapuã, o pajé Araquém usa de um truque para livrá-los. O encontro amoroso