Resenha Iracema
Esta resenha tem como base, “ Iracema” livro de José de Alencar, nele é abordado a temática Indianista, onde o autor citado anteriormente, conta uma história que se passa no Ceará, de uma índia que se apaixona alucinadamente e perdidamente por um homem branco, e por ele largar seus costumes, suas crenças, sua cultura, seu povo, tudo para viver esse amor. No livro os detalhes que são colocados do lugar onde se passa a história, as qualidades que são atribuídas a índia, a forma como ela vive, a natureza que se encaixa e enaltece as suas virtudes dando uma total harmonia entre a Iracema, personagem principal do livro e o ambiente que habitava, é escrito de uma forma poética muito forte, percebe-se nas palavras de Alencar uma índia idealizada que foge do padrão dos índios que acreditamos ter existido naquela época.
Ao invés de Iracema ser uma índia que luta por seu povo, guerreira, forte e que tenta fugir desse amor que de certa forma é proibido e que poderia atingir sua tribo, ela se entrega facilmente, é submissa, e abandona tudo por amor a um homem branco que nas circunstâncias pertencia ao povo que maltratavam os outros índios.
José de Alencar em um trecho do prefácio “Sonhos d’ouro” diz que na sua concepção a o período orgânico da literatura brasileira conta já três fases, nisso ele classifica a obra “Iracema” como na fase primitiva, “ …que se pode chamar aborígene, são as lendas e mitos da terra selvagem e conquistada; são as tradições que embalaram a infância do povo, e ele escutava como o filho a quem a mãe acalenta no berço com as canções da pátria, que abandonou. Iracema pertence a essa literatura primitiva, cheia de santidade e enlevo, para aqueles que veneram na terra da pátria a mãe fecunda — alma mater, e não enxergam nela apenas o chão onde pisam.” (sonhos d’ouro)
Ao ler o livro “Iracema” me veio quase que imediatamente um trecho contido no livro de Antonio Candido “Formação da Literatura Brasileira Momentos