Resenha Hormônios Crustáceos
F. A. Brown Jr, Hormones in the crustácea: their Sources and activities. Quart. Rev. Of Biology 19, 32 – 46 e 118 – 143 (1944); F. A. Brown Jr, Hormones. Invertegrate, Encyclopedia Britannica, 1948. B. Scharrer. Endocrines in Invertebrates, Physiological Reviews. 21, 383 – 409, (1941).
F. A. Brown, Jr
Nos crustáceos, a mudança de cor é regulada exclusivamente por hormônios, já que seus cromatóforos não são inervados. PCH e PDH são hormônios peptídicos, produzidos em células do sistema nervoso e armazenados em uma estrutura denominada glândula do seio, que os libera na circulação. Esses hormônios atuam antagonicamente nos cromatóforos: PCH promove a agregação de melanóforos e eritróforos, levando ao clareamento do animal; PDH induz a dispersão desses pigmentos, levando ao escurecimento. Sua secreção depende de ordens vindas do sistema nervoso que, por sua vez, é influenciado por fatores ambientais, como luminosidade e cor do ambiente. Curiosamente, os crustáceos podem exibir mudanças de cor em função do ritmo de marés e de fases da lua provavelmente por estes modularem a secreção de PDH e PCH. No entanto, não se conhecem os mecanismos pelos quais o animal percebe essas variações ambientais.
Segundo Brown, os hormônios desempenham alguns papéis importantes no organismo dos crustáceos, como:
A coloração do tegumento dos crustáceos: os hormônios removem os pendúculos oculares nas diversas espécies de crustáceos, podendo destinguir três tipos de reação.
Tipo 1, observado no camarão, que possuem quatro pigmentos: vermelho, amarelo, azul e branco. A extirpação dos pendúculos oculares escurecem os tegumentos, já a injeção de extratos das glândulas sinusais descolore a pele.
Tipo 2, observado nos caranguejos, que com a remoção dos pendúculos embranquece a pele, pois os pigmentos retraem, ao contrário da implantação da glândula de extratos, que escurece a pele.
Tipo 3, característica