Resenha GC
HILDRETH, P.J.; KIMBLE, C. The duality of knowledge. Information Research, v. 8, n. 1, paper n. 142, 2002. Atualmente o tema da gestão do conhecimento é extremamente explorado e discutido. Muitos são os projeto de Gestão do Conhecimento que buscam quantificar, capturar, codificar e armazenar o conhecimento nas organizações (o que na verdade acaba se tornando em gestão da informação). Porém, recentemente, reconhece-se que existe uma parte do conhecimento que não pode ser quantificada, capturada, codificada e armazenada. Observa-se que o conhecimento não se restringe à máquinas e registros, pois o mesmo é construído através do conhecimento que está nas pessoas. A gestão do conhecimento está ligada ao que as pessoas sabem.
A princípio, a gestão do conhecimento foi vista como a codificação, armazenamento e transmissão do conhecimento, usando-se a tecnologia para criar repositórios para os mesmo. Existe hoje uma tendência a reconhecer que o conhecimento na verdade é composto de uma parte que pode ser articulada (conhecimento “hard”) e de outra parte que não é passível de articulação (conhecimento “soft”).
O conhecimento é uma dicotomia, e o fato de ter uma parte que não pode ser estruturada, gerou diversas pesquisas, que deu origem à vários termos para defini-lo. A maioria desses termos leva à noção de que o conhecimento pode ser tácito ou explícito. Uma das visões mais recentes para conhecimento tácito e explícito é de Nonaka. Segundo o mesmo, o conhecimento tácito é aquele disponível nas pessoas e que não se encontra formalizado em meios concretos (habilidades técnicas e modelos mentais). Já o conhecimento explícito é aquele que pode ser facilmente expressado, capturado, armazenado e recuperado, por exemplo, em documentos, manuais, bancos de dados ou em outras mídias. Os dois interagem entre si, e geram o processo de conversão do conhecimento, formado por 4 etapas: a socialização, que é a transferência do conhecimento tácito através de