Resenha - Formação Econômica do Brasil, de Celso Furtado
Amanda Mendonça dos Santos – RA 21041113
Interpretações do Brasil – Profº Gilberto Maringoni
Resenha sobre o livro “Formação Econômica do Brasil”, de Celso Furtado
O início
A ocupação econômica das terras americanas foi um episódio da expansão comercial da Europa. A abertura de novas rotas no século XV permitiu que os portugueses eliminassem os intermediários árabes, quebrassem o monopólio dos venezianos – e, como consequência, baixassem os preços dos produtos. Inicialmente, a miragem dos tesouros americanos pelos espanhóis incitou o interesse de outras nações europeias. Havia pressão para que os países ibéricos ocupassem de fato os territórios, e assim a ocupação efetiva do território brasileiro pelos portugueses foi, em boa medida, consequência dessa tensão política. Celso Furtado faz uma reflexão profunda da trajetória da história colonial do Brasil desde o contexto da expansão europeia até o impulso de industrialização. Através do desenho que o autor traça entre os acontecimentos econômicos e políticos, é possível ver cada vez mais claramente as raízes de nossa sociedade atual.
A economia açucareira
Os fatores de êxito da instalação inicial da colônia portuguesa de exploração no Brasil, principalmente do açúcar, foram a experiência prévia de produção de açúcar nas Ilhas do Atlântico, o financiamento holandês que já controlava uma colônia do mesmo tipo e a detenção de um grande mercado de escravos africanos para trabalhar na produção. A mão de obra escrava indígena teria sido essencial na etapa inicial de instalação da colônia. A mão de obra escrava africana chegara já em uma fase de expansão.
Segundo Furtado, renda gerada na colônia era fortemente concentrada, o que com certeza é correto, dado o fraco intuito de desenvolvimento dos portugueses. Além disso, parte importante do capital aplicado era dos comerciantes (não-residentes), assim provavelmente parte da renda gerada na colônia acabava ficando com eles. Mesmo com uma porção do