Resenha Incompleta da Formação Econômica do Brasil-Celso Furtado
No Período Imperial, as principais manifestações manufatureiras e artesanais são restritas, com um âmbito de ação meramente doméstica ou local, sendo raras as exportações para outras capitanias e nenhuma venda ao estrangeiro. Embora as manufaturas já tivessem ganhado impulsos na Europa e na América do Norte, aqui no Brasil predominavam as pequenas oficinas artesanais, produzindo artigos de consumo por meio de trabalhos manuais.
Segue a seguir as regiões e suas produções destacadas pelo autor:
Rio de Janeiro: Era um dos estabelecimentos manufatureiros de maior extensão. Contendo uma fábrica de galeões de ouro e prata, quatro de galeões de algodão e seda, uma fábrica de macarrão e outras massas, uma fábrica de couro envernizado, uma fábrica de papel, uma fábrica de estamparia. No interior do Rio de janeiro a produção de esteiras era importante pelo papel que desempenhava então como leito dos pobres;
Bahia: Predominava as tipografias, fundou-se uma fábrica de vidro e algumas refinações de azeite de baleia, que eram muito pequenas e possuíam instalações precárias;
Minas Gerais: Existia grandes produções de tecidos de algodão e lã. O centro mais importante era Vila rica onde os viajantes, além de uma fábrica de pólvora e uma de louça de barros, possuíam também manufaturas de chapéus de feltro e oficinas de seleiros;
São Paulo: As atividades consistiam em algodão e lã, que eram feitos camisas e outras roupas, além da produção de renda que era a ocupação caseira das mulheres;
Goiás: Predominava a criação de carneiros, utilizando-se a lã para fazer tecidos grosseiros;
Santa Catarina: Era desenvolvida a cerâmica, produzindo jarros, utensílios de cozinha e grandes potes para água;
Recife: Além das oficinas comuns para atender às necessidades, havia ouvires trabalhando em objetos de ouro e prata de toda a espécie, ocupando as mulheres com a produção de rendas e bordas;
Maranhão: os trabalhados artesanais eram