Resenha do livro Formação Econômica do Brasil (Celso Furtado)
FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL – CELSO FURTADO
CAPÍTULO I: DA EXPANSÃO COMERCIAL À EMPRESA AGRÍCOLA De acordo com Celso Furtado, a expansão comercial portuguesa deveu-se pela necessidade de abertura de novas rotas comerciais. Com essas rotas abertas, o preço das especiarias começaram a abaixar pela Europa, tendo assim, a necessidade de buscar novas riquezas pelo o mar. A Espanha, de início, consegue ganhar com a extração de metais (ouro e prata). Entretanto, Portugal não conseguiu esse êxito de início, fazendo com que a descoberta do território americano fosse um episódio secundário durante meio século. Essa descoberta por riquezas fora da Europa chama atenção dos outros países do continente, pressionando assim Portugal e Espanha a colonizarem o Brasil, porque eles só teriam direito à terra de ela tivesse efetivamente ocupada. Portugal precisaria abrir mão de muitos de seus recursos para defender a terra, e mesmo se o fizesse, dificilmente conseguiria protegê-la de invasões de outros países por muito tempo. A Espanha, que possuía recursos consideravelmente maiores, teve que ceder um pouco da terra que lhe cabia pelo Tratado de Tordesilhas, reduzindo o perímetro delas. Contudo, as Colônias do México e Peru estavam sendo muito mais lucrativas para a Espanha, já que ela já tinha achado metais preciosos e resolve defender apenas essas rotas. Holanda, França e Inglaterra contestavam as posses das Coroas Ibéricas. Então, coube a Portugal achar alguma utilização para a nova terra, porque somente assim seria possível cobrir os gastos de defesa dessas terras. Procurou-se então a empresa agrícola, porém, era inviável naquela época, porque nenhum produto agrícola era objeto de comércio em grande escala na Europa e os fretes eram muito elevados. Então, coube aos portugueses o pioneirismo nesse empreendimento. O êxito lusitano na agricultura possibilitou a Coroa Portuguesa a colonização do Brasil. Sem este êxito