Resenha Flor do Deserto
Logo no início do filme, temos um vislumbre da vida simples que Waris levava com a família nômade quando criança, em meio ao deserto, antes de sermos transportados, alguns anos depois, para Londres. É possível ver logo de cara o constrate entre a moça e os londrinos, ela, de roupas coloridas, que cobrem seu corpo e o véu, em meio a ao jeans e cores sóbrias dos habitantes da cidade. Encontramos nesses momentos dois conceitos relacionados à semiótica da cultura: no primeiro momento, podemos identificar a hierarquia dentro do texto da cultura somali, traduzido na vida nômade da família de Waris, ou seja, um texto dentro de um texto, e um segundo, após a mudança da moça, a clara ideia de um texto inserido em um outra semiosfera.
É dentro de uma loja de departamento que Waris conhece Marilyn, uma aspirante a bailarina, e é a partir desse momeno que é evidenciado à fronteira semiótica, uma vez que, apesar de agora residir na Inglaterra, a moça somali não conhece a língua nativa, enquanto que a bailarina não consegue compreender o idioma de Waris.
Este ruído gerado pela diferença de idiomas e de cultura das duas, causa uma geração de sentido no texto, uma vez que ambas tem de se adaptar à cultura da outra, apresentando também os conceitos de cultura e não-cultura, como quando Waris encontra a então colega de quarto em um momento íntimo com um homem que não é seu marido, algo que é não faz parte dos costumes que a moça conheceu em seu país. Um segundo momento que podemos identificar o confronto de cultura e não-cultura, é quando Waris mostra a amiga a circuncisão que é feita em todas as meninas na Somália, e a outra mostra surpresa e conta-lhe que aquele não é um hábito disseminado em grande parte do mundo.
Ao tomar conhecimento desta prática no país de origem da amiga, o não-texto da cultura de